sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Video com o Hino do Senta a Pua!







"Passei o carnaval em Veneza
Levando umas bombinhas daqui..."

Música alegre, irônica, meio debochada mesmo. Parece que a guerra foi uma viagem de turismo.
Brincando com as agruras, como a artilharia anti-aérea alemã(flak: flugabweherkanone, canhão de defesa contra aviões).

Explicações mais detalhadas sobre a letra: http://www.sentandoapua.com.br/portal/content/view/20/48/

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pré - História

Foto da família Vasconcellos que recebi hoje. Dos idos de 1950.




Mamãe vestida de rendas
Tocava piano no caos.
Uma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,
Equilibrou-se no azul,
De tonta não mais olhou
Para mim, para ninguém!
Cai no álbum de retratos.



                                          Murilo Mendes

sábado, 25 de setembro de 2010

Primeiras Fotos com a Nikon






Por Que Avestruz?

Retirei do livro  Senta a Pua! essa descrição da origem do símbolo do 1º Grupo de Aviação de Caça:

"Na passagem pelo Panamá tomamos contato com a cozinha americana. De lascar! Comia-se de tudo, inclusive feijão branco com açúcar. Alguém lembrou-se do avestruz, ave que come até prego, e nós mesmos passamos a nos chamar de avestruzes.
Com esse motivo não foi difícil ao ainda capitão Fortunato Câmara de Oliveira, artista que naquele tempo ilustrava algumas revistas militares, com o traço de caricatura viva e inteligente, imaginar o avestruz guerreiro do 1º Grupo de Caça.
Foi a bordo do UST Colombie que ele nasceu . Fortunato inspirou-se na figura alegre e irrequieta de Lima Mendes, ou 'Limatão', como era conhecido desde os idos de Realengo. Fixando-se em Lima Mendes, saiu a ave famosa, hoje famosa nas Forças Armadas do Brasil.
Abaixo, a interpretação dada ao valente avestruz que nos acompanhou nos P-47 na Itália, e voa hoje na carenagem dos aviões F-5 da Base Aérea de Santa Cruz.

1. A faixa dupla verde-amarelo que circunda o avestruz simboliza o Brasil
2. O avestruz retrata a velocidade e a maneabilidade do avião de caça (na época o P-47), como também o estômago dos veteranos do 1º grupo de caça.
3. O boné, representa o piloto da FAB
4. A armadura, a robustez do Thunderbolt e a proteção ao piloto
5. O fundo azul e as estrelas, o céu do Brasil com o Cruzeiro do Sul em destaque
6. A pistola insinua a potência de fogo do P-47(8 metralhadoras .50, 2 bombas de 500 libras, 1 bomba de 'napalm' ou gasolina gelatinosa e 6 foguetes 105 mm)
7. A nuvem cumulo, o espaço aéreo
8. A bolota de fumaça negra e os estilhaços, a artilharia anti aérea inimiga
9. O fundo vermelho eterniza o sangue derramado pelos pilotos mortos e feridos em combate
10. A exclamação 'Senta a Pua!' é o grito de guerra dos homens que fazem parte do 1º Grupo de Caça...os de ontem e os jovens de hoje"

Meu Avô Avestruz

Meu avô em Miami em 1944(segundo, da esq. para dir.). Fazia curso de pilotagem de P40 ou P47, não sei ao certo.
Que época! A II guerra em curso, um grupo de voluntários se preparava para pilotar os aviões de caça mais modernos da época, para escoltar comboios de navios mercantes ou enfrentar ases alemães em seus Messerschmitt, nos céus da Itália.
Época em que se tinha muita certeza do que é certo ou errado.
Minha geração cresceu com a idéia de que a participação dos pracinhas foi uma piada. Que o Brasil na guerra não fez diferença. Que tudo o que vem dos militares é ruim.
Os professores de colegial pseudo socialistas que apregoavam essas tolices nunca precisaram encarar a morte, o medo, o sofrimento físico e emocional de uma batalha.
Valorizar os muitos heróis que deram a vida em nome de um ideal é o mínimo que uma nação deveria fazer. Mas no Brasil temos um certo "complexo de vira-lata".

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Entrevista da Clarice Lispector



Essa entrevista me marcou. Ela parecia ser uma pessoa instigante como a sua obra.
As outras partes da entrevista estão no youtube.

A Misteriosa Esfinge


Fim de semana passado fomos a São Paulo para comemorar 9 anos de casamento.
Na ocasião assistimos à peça Simplesmente Eu com Beth Goulart. Trata-se de um monólogo com textos extraídos das obras da escritora ucraniana naturalizada brasileira Clarice Lispector.
Eu gosto muito de monólogos, mas pode ser enfadonho.
E a Beth Goulart era, para mim, uma atriz global. E só.
Após o espetáculo mudei de opinião. Nem vimos o tempo passar. A semelhança dela com Clarice é intrigante. A simplicidade do cenário e do figurino deram destaque ao texto.
Mesmo sem conhecer a escritora valeria a pena.
No dia seguinte fomos à livraria cultura e compramos uma biografia da Clarice.

Meu amorzinho parece a Clarice. Acho que toda mulher é um pouco assim. São seres imprevisíveis, densos, com muita subjetividade. Às vezes são difíceis de entender. Mas "não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento", segundo a autora.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Senta a Pua!


Quando criança eu via a capa desse livro na estante do meu pai e ficava encantado com o desenho, imaginava uma eletrizante história em quadrinhos. Qual não foi minha decepção ao ver um monte de palavras e fotos meio apagadas.
Fui lê-lo muitos anos depois. Encontrei nele a descrição de uma epopéia muito mais incrível que qualquer capitão américa: a história de heróis de verdade, eventos reais.
Trata-se da história do primeiro grupo de aviação de caça e de sua participação brasileira na II guerra mundial, pelos olhos do brigadeiro Rui Moreira Lima. Uma descrição objetiva e sem rodeios, mas com momentos de grande emoção. Sem ufanismo bobo.
Para mim foi especialmente tocante por que meu avô foi aspirante do Senta a Pua. Morreu em 1955 em acidente aéreo e não o conheci. Meu pai pouco o conheceu, tinha 4 anos apenas.
Ontem recebi uma das pouquíssimas fotos de meu avô, em breve colocarei aqui. Por isso escrevo sobre o assunto. Meu pai também mandou uma cópia da investigação do acidente fatal. Sinto que mais de meio século após, meu avô está mais vivo hoje. Pelo menos na minha cabeça.
Recomendo: http://www.sentandoapua.com.br/portal/

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Estou pesquisando uma máquina semi profissional para fazer jus à boniteza da Dida; pensei numa Nikon D5000. Atualmente usamos uma Sony T90. Muito boa mas limitada.

Primeiro post


Nesse fim de semana fizemos algumas fotos da nossa Dida. Com a ajuda da modelo que é lindinha demais, ficaram bem legais.
Fotografar nossa filhinha tem sido ótimo. O seu sorriso sempre iluminado me faz pensar que estamos fazendo algo bem feito.
E capturando esses momentos finitos e únicos aplaco a saudade que eu já sinto dela assim, criancinha.